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África do Sul

  • Cristina Viñas Gomes
  • 5 de jul. de 2014
  • 10 min de leitura

Conhecida pela sua diversidade cultural e de idiomas, a África do Sul é um país encantador e belo. Localizado no extremo sul do continente africano, tem três de seus lados banhados pelos oceanos Atlântico e Índico.

O clima geralmente é temperado. No verão, o calor é constante, mas depois que o sol se põe, a temperatura cai bastante e o frio torna-se intenso.

O país conta com três capitais: Pretória, (executiva), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária).

A moeda local é o Rand Sul-Africano e o custo de vida um pouco mais barato que no Brasil.

O país conta com boas rodovias e utiliza a mão inglesa, ou seja, os motoristas dirigem do lado direito do carro.

A África do Sul possui 11 idiomas oficiais, sendo o inglês o mais falado, inclusive nas universidades. É comum, nos transportes públicos escutarmos os locais conversando em diferentes idiomas.

A diferença de horário com relação ao Brasil é de cinco horas a mais; passando a quatro no verão.

Há um grande controle sobre o uso do álcool, que não pode ser ingerido na rua, somente em locais fechados como bares e restaurantes e vendido somente até às 16 horas. Depois desse horário os corredores de estabelecimentos que comercializam esse produto são cercados com grades e fechados com cadeado. O controle do álcool é tal que em eventos populares realizados em locais abertos, policiais vistoriam as bolsas e sacolas dos participantes.

Cidade do Cabo (Cape Town)

Pela beleza natural, com praias e montanhas, Cape Town lembra em muito o Rio de Janeiro. Por tratar-se de um procurado destino turístico, onde os locais convivem com pessoas das mais diversas nacionalidades, não há problemas de hostilidade e nem racismo.

As praias mais badaladas são Camps Bay e Clifton, com lindos e caros prédios e suas águas claras e límpidas. Mesmo assim, são poucos os banhistas que se arriscam a enfrentá-las porque são muito geladas.

Da Cidade do Cabo, pode-se avistar a famosa Table Montain (Montanha da Mesa), que geralmente após as 16h fica coberta pelas nuvens, as quais são chamadas pelos moradores de "toalha da mesa". De quase todos os pontos da cidade também avista-se a cadeia Montanhosa denominada The Twelve Apostles (os 12 Apóstolos), que na realidade são 17. Pode-se subir ao topo da Montanha da Mesa de teleférico ou pelas diversas trilhas existentes e a vista é linda. Contudo, é preciso que se faça o passeio somente com tempo bom e antes das 16h porque depois disso, não se consegue enxergar nada. Do cais do porto, avista-se a Robben Island (Ilha Robben), onde Mandela esteve preso por 17 anos.

Para se ter uma noção da cidade como um todo, o ideal é que no primeiro dia se tome o ônibus turismo, que passa pelos principais pontos turísticos com explicações em 16 idiomas, entre eles, inglês, português e espanhol. No final da linha, é possível se adquirir o CD com as músicas típicas africanas que são tocadas ao longo do passeio. Existe a linha vermelha, com passagem pela Table Mountain e a azul, que inclui vinícolas, qualquer uma delas ao valor de 170 Rands. Também é possível fazer uma combinação dos dois roteiros com um bom desconto.

Outros Passeios

1) Canal Cruise - Passeio de barco pelo canal passando por diversos prédios em uma das zonas mais valorizadas da Cidade do Cabo. O primeiro barco sai às 9 horas e o último às 17 horas. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.citysightseeing.co.za.

2) Victoria & Alfred Waterfront – Recebeu esse nome em homenagem à rainha Victoria e seu filho Alfred embora seja mais conhecido como V & A Waterfront. É um complexo turístico que reúne restaurantes, lanchonetes, lojas, artesanato, cafés, hotéis de luxo e um shopping center, onde moradores e turistas passeiam e fazem compras de todos os tipos. As lojas ficam abertas das 9h às 21h. Na tarde e noite, sempre há apresentações de grupos com danças e músicas típicas africanas. Durante o dia é bastante calor, mas depois que o sol se põe, é necessário usar casaco porque o frio e o vento são intensos.

O Oceans Aquarium também está localizado no Waterfront. Seu acervo conta com mais de três mil espécimes marinhas dos oceanos Atlântico e Índico. Dentre os restaurantes,o destaque fica por conta do Moyo, com dois andares (a vista para a baía é maravilhosa), comida e vinho orgânico. Os vegetais são cultivados no próprio restaurante, onde os garçons e garçonetes apresentam-se com roupas e maquiagem típicas da tribo Moyo. Durante a refeição, as mesas são visitadas por um dos atendentes que maquia os comensais gratuitamente. Do cais do Waterfront é que partem os barcos para a Ilha Robben.

3) Bar e Restaurante Mama Africa - Localizado no centro, Mama África oferece um ambiente tipicamente africano, com música e dança nativas. O cardápio oferece carnes exóticas como crocodilo, avestruz e antílope.

4) Robben Island (Ilha Robben) – Em meados do século 17, era chamada de Robben Eiland (Ilha das Focas) pelos holandeses devido à grande população de focas que reunia. Foi neste local que Nelson Mandela permaneceu preso 18 dos 27 anos em que perdeu a liberdade devido à sua luta contra o apartheid. Mandela ficou preso juntamente com marginais, muitos deles (que dormiam em camas) eram mais bem tratados do que o líder do apartheid (que dormia em um cobertor no chão) Atualmente, pode-se visitar a prisão e os guias que acompanham os grupos eram os presos políticos de antigamente que hoje atuam como voluntários e relatam em detalhes tudo o que passaram lá.

5) Praias – As praias mais famosas são Campus Bay e Clifton. Em ambas, as areias são brancas e as águas azuis e límpidas, porém geladas. Poucos são os banhistas que se arriscam a entrar no mar. Ao colocar os pés na beira já se congela. Além disso, também há um vento fortíssimo. No geral, as pessoas passeiam à beira mar apreciando uma paisagem de grande beleza: mar e montanhas. Pela manhã e até a metade da tarde, o sol é intenso. Porém, à tardinha a temperatura baixa e o frio chega com força total. Para badalação, a melhor é Campus Bay, com seus inúmeros bares e restaurantes, onde se pode deliciar frutos do mar regados a uma cerveja gelada. O movimento de carros e motos é intenso. Já Clifton, como diz o nome possui penhascos em toda a orla. É uma praia mais residencial, com casas luxuosas. A maioria possui elevador particular, já que são construídas no alto de penhascos. A vista é linda tanto das casas elevadas quanto dos prédios à beira-mar. O curioso é que o estacionamento dos prédios fica no teto e assim, a melhor vista fica para os automóveis. O ambiente é seguro e tolerância zero aos crimes.

6) Caminhada pelo calçadão de Sea Point - Um passeio agradável e sem custos é uma caminhada ao longo do calçadão que percorre toda a orla de Sea Point. Ao longo do passeio se encontra pessoas fazendo atividade física, crianças brincando nos diversos parques que existem nessa orla e uma piscina pública, que por um preço quase simbólico recebe moradores e turistas dos mais diferentes locais. A curiosidade do passeio fica por conta das muitas árvores tortas que cresceram dessa maneira devido à força do vento no local.

7) Visita ao Heart of Cape Town Museum – É um museu que, em cera, recupera importantes as etapas do primeiro transplante de coração do mundo realizado pelo Dr. Chris Barnard em 1967. Uma visita guiada de duas horas mostra aos visitantes o sucesso de tal cirurgia com um instrumental bastante rudimentar para os dias de hoje. O está aberto ao público sete dias da semana com visitação às 9h, 11h, 13h e 15h. Está localizado no Groote Schuur Hospital.

8) Safari Fotográfico – Realizado em jipes 4x4, os visitantes passam bem perto dos animais mas não podem descer do veículo. Todos são selvagens e assim têm comportamento imprevisível. Durante o passeio pode-se observar os famosos Big Five africanos: elefante, leão, rinoceronte, búfalo e o leopardo.

9) Cango Wildlife Ranch – É um dos principais campos de reprodução de guepardos da África. Seu acervo conta com leões brancos, leopardos africanos, tigres brancos da neve, entre outros. O tour é acompanhado por guias multilíngues e nesse local, os visitantes podem interagir com felinos, cobras e outros animais. Está aberto ao público diariamente, das 8h30 às 17h.

Site: www.cango.co.za.

10) Fazenda de avestruz – Um dos passeios mais divertidos acontece em uma das muitas fazendas de criação de avestruz que existem na África do Sul. Assim como quando se viaja pelos pampas gaúchos e se vê fazendas com centenas de cabeças de gado ao longo das estradas sul africanas também existem inúmeras fazendas, só que a criação é de avestruzes.

Ao se visitar uma delas, pode-se dar comida às avestruzes; equilibrar em cima de ovos (mas para isso é preciso ter menos de 80 quilos) e, o que é mais divertido: andar sobre elas. Auxiliado pelos tratadores e vestindo um macacão protetor, o visitante senta-se sobre o animal, que sai em disparada. É difícil se equilibrar e em poucos segundos a pessoa vai ao chão. A sensação é a mesma de um peão de rodeio em início de carreira.

Depois da diversão pode-se ir às compras, pois no mesmo local ocorre a comercialização de diversos artigos oriundos das avestruzes tais como luminárias (feitas dos ovos), bolsas, cintos, calçados e carteiras (do couro), cujos preços são bastante elevados. Existem também alguns poucos artigos com valores bem acessíveis. Um deles, e muito útil, é um pequeno espanador para limpar computadores, feito das penas da avestruz. A visita é acompanhada por guias, de acordo com os quais atualmente o couro da avestruz é mais valorizado do que o ouro e por isso preços tão elevados.

Eles também ensinam como analisar uma peça para saber se é produzida com um legítimo couro de avestruz ou apenas imitação. A Cape Point Ostrich Farm está aberta ao público diariamente das 9h30 às 17h30.

Site: www.capepointostrichfarm.com

Tel (+27)0(21)7809294.

1) Passear sobre um elefante - Outra aventura emocionante é o passeio sobre um legítimo elefante africano, na carona de um tratador, é claro. Na mesma visita também se pode alimentar esses animais, que são dóceis e simpáticos.

2) Cabo da Boa Esperança - O Cabo da Boa Esperança foi contornado pela primeira vez em 1488 por Bartolomeu Dias, que inicialmente o chamou de Cabo das Tormentas pelo fato de o haver encontrado após passar por fortes tempestades. Posteriormente, D. João II passou a chamá-lo de Cabo da Boa Esperança, porque ao ser dobrado demonstrava que existia uma passagem do oceano Atlântico para o Índico, sinalizando a possibilidade de se chegar às Índias e às suas cobiçadas especiarias por esse caminho. Dez anos mais tarde, Vasco da Gama encontrou definitivamente o caminho que levava às Índias.

Diferentemente do muitos afirmam, não é no Cabo da Boa Esperança que acontece o encontro dos oceanos Atlântico e Índico, mas sim no Cabo das Agulhas, localizado a algumas dezenas de quilômetros a leste.

No trajeto para o Cabo da Boa Esperança, é comum se encontrar babuínos, que sobem nos automóveis e às vezes até entram nos mesmos se as janelas estiverem abertas. Já nesse cabo, uma parada obrigatória para fotografias é junto à placa que o identifica. Além disso, não se pode deixar de subir a montanha denominada Cape Point para observar o Cabo da Boa Esperança. Já no alto, junto ao farol e às setas que apontam para as principais cidades do planeta, o turista passa a entender o porquê de Bartolomeu Dias o haver chamado de Cabo das Tormentas: faz muito frio e o vento é enlouquecedor. Não se consegue ficar muito tempo lá, embora a vista seja maravilhosa.

No local há restaurante, sendo possível almoçar ou apenas fazer um lanche.

13) Mergulho com o turbarão branco – Acontece na baía de Gansbaai, localizada a duas horas de Cape Town. É um passeio que dura o dia inteiro, com direito a café da manhã e almoço. Inicialmente é ministrada uma aula preparatória e depois, quem ainda tiver coragem veste roupas de mergulho e entra na gaiola.

A isca é colocada e a gaiola baixada para dentro da água. Os tubarões logo aparecem. Os passageiros que optarem por apenas observar podem fazê-lo diretamente do barco (se conseguirem porque se enjoa muito). Os tubarões brancos são muito frequentes na região de Cape Town.

14) Vinhedos - A África do Sul é o oitavo maior produtor mundial de vinhos. A popularidade internacional do produto sul africano vem crescendo bastante nos últimos anos, mas o desenvolvimento mais significativo por que a indústria vinícola sul africana passou foi quando Napoleão suspendeu o fornecimento desse produto para a Inglaterra e a África do Sul passou a atender esse mercado.

Dentre as rotas mais conhecidas estão Stellenbosch, Franschhoek, Helderberg, Durbanville e Constantia.

Stellenbosch é a região que concentra a maior produção de vinhos do país, sendo rodeada por colinas o que a torna ideal para o cultivo de pinotage, uma variedade de uva típica da África do Sul, desenvolvida em 1925 por um professor da Stellenbosch University.

Constantia – A vinícola Groot Constantia é a mais antiga da Península do Cabo. São diversas as teorias para a origem do seu nome, sendo mais provável a que afirma que tenha sido uma homenagem prestada por Simon van der Stel à filha de Rijckloff van Goens, em reconhecimento ao seu apoio na obtenção de terras agrícolas. Em 1685, havia pouco tempo que van der Stel tinha sido nomeado comandante do Cabo quando recebeu seu primeiro pedaço de terra onde fundou a Groot Constantia. Em 1712, após sua morte, a fazenda foi dividida dando origem às outras vinícolas que hoje constituem a rota do vinho de Constantia, dentre elas Constantia Uitsig. Em 1778, a propriedade foi adquirida por Hendrik Cloete, cuja família a conservou por três gerações.

O Vale Constantia é a rota de vinho mais próxima para Cape Town, localizando-se a cerca de dez minutos do centro de Cape Town. Pode-se chegar até lá por meio do ônibus turismo que tem uma parada no local. Embora com um número de vinícolas bem menor do que Stellenbosch, Constantia pode ser uma alternativa para quem não dispõe de tempo para viajar até lá. A visita encerra com uma degustação e compra dos produtos no varejo.

Site oficial do Vale Constantia: www.constantiavalley.com

Stellenbosch – A principal região de vinhos da África do Sul fica a 54 quilômetros de Cape Town e denomina-se Stellenbosch. Essa foi a primeira cidade vinícola fundada por Van der Stel, em 1685, transformando-se, hoje, em importante centro cultural já que é uma cidade universitária que, além de reunir diferentes estilos da arquitetura holandesa, conta com uma comunidade de pintores, artistas gráficos, ceramistas, serígrafos, assim como diversos estúdios e galerias. A rota do vinho dessa região foi criada em 1971 e inclui circuitos de degustação em vinhedos mediante o pagamento de uma taxa. Nos domingos nem todos permanecem abertos à visitação.

Com quem ir?

Intercâmbio é uma grande pedida – Nosso grupo, composto por dez pessoas por volta de 50 anos participou de um intercâmbio na IH House, por meio da World Study; foi uma belíssima experiência.

Ficamos por 21 dias em Cape Town, hospedados em um lodge (uma espécie de hostel). É claro que não se tratava de nenhum hotel cinco estrelas, mas o conforto era bem razoável. Ocupamos todo o segundo andar da casa e quase todos os nossos quartos tinham banheiro individual. O café da manhã (incluso) era no térreo, assim como a sala de estar. Tivemos oportunidade de conviver com pessoas de diversas nacionalidades.

Na IH House, tínhamos aula de inglês das 9h às 12h40. As tardes e noites eram livres, assim como os fins de semana. Assim, tivemos tempo de passear, viajar nos fins de semana e conhecer bastante Cape Town. Intercâmbio é uma experiência por que todos deveriam passar, sem contar o fato de que uma viajem por intercâmbio custa a metade do preço do que o mesmo roteiro realizado unicamente na condição de turista.

Boa viagem!

 
 
 

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