Malta, a joia do Mediterrâneo
- hello2340
- 3 de nov. de 2016
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Uma das imagens que mais representa o país de Malta é a vista da capital Valletta a partir da cidade de Sliema.
Localizada a 90 quilômetros ao sul da Sicília e a 290 quilômetros ao norte do continente africano, no centro do Mediterrâneo, a República de Malta é uma nação independente, com aproximadamente 400 mil habitantes e uma área de 320 quilômetros quadrados. Trata-se de um arquipélago formado por três principais ilhas: Malta, Gozo e Comino, além de algumas ilhotas inabitadas. A maior das três é Malta, seguida por Gozo e depois por Comino, bem menor do que as outras duas e quase desabitada. A segurança é total, mesmo a noite.
Embora pequeno, esse país - com uma história de mais de 7 mil anos - possui uma cultura muito rica, consequência da ocupação pelos mais diferentes povos. Devido à sua localização central no Mar Mediterrâneo, tem importância estratégica e por isso foi sempre cobiçado. As guerras são presenças constantes na história maltesa em que são ressaltadas, com orgulho, a capacidade de resistência e a valentia do povo. Dentre elas, as Guerras Púnicas e as duas guerras mundiais foram as que causaram mais destruições. O povo é religioso ao extremo, existindo uma igreja para cada dia do ano. E quase todas são monumentais.
Os idiomas oficiais são dois: o maltês e o inglês (devido à última ocupação). Nas escolas, no turismo e nos negócios, o predominante é o inglês, mas na comunicação entre os locais, o maltês é o mais utilizado. É uma língua dura, ríspida, que por vezes lembra o árabe e por outras, o italiano. Soa estranha para os estrangeiros, que têm a impressão de que as pessoas estão brigando.
Devido à língua inglesa e pelo fato de não ser um destino muito caro em relação aos demais países europeus, nos últimos anos Malta tornou-se um procurado destino de intercâmbio. Sedia um grande número de escolas de inglês que recebem estudantes dos mais diferentes lugares do Planeta. Os brasileiros e os chineses parecem ser em maior número.
Em Malta, as ruas são tortuosas e estreitas a tal ponto que em algumas delas só é possível passar um automóvel por vez. A maioria dos prédios não é pintada. A cor amarelada é própria das pedras com que são construídos, a qual não conserva a tinta. Por esse motivo os malteses abusam das cores nas portas e janelas. Os balcões de madeira também contribuem para o colorido especial da paisagem urbana. No passado, esses balcões indicavam o nível econômico do proprietário; quanto maior, maior era o poder aquisitivo do morador. Isso acontecia porque a madeira era muito escassa e precisava ser importada.

Ruas estreitas e tortuosas.
O clima é bastante seco e quente no verão (cerca de 40 graus) e ameno no inverno (por volta de 15 graus). Contam os locais que em tempos idos, Malta tinha muitas zonas verdes, mas com os desmatamentos causados pelos povos ocupantes, tudo mudou e hoje há pouquíssimo verde e o clima é muito seco.
A área rural dá impressão de ser a mesma do século XV. Os campos são pequenos e separados por típicos muros de pedra.
Sete templos megalíticos são encontrados nas ilhas de Malta e Gozo, sendo os mais importantes os de Hagar Qim Hagar Qim, Mnajdra e Tarxien.

Desde os tempos mais remotos, as plantações são delimitadas por muros de pedras.
Dados gerais:
População: cerca de 400 mil habitantes
Idiomas: inglês e maltês (mas o italiano é bastante falado)
Moeda: euro
Capital: Valleta
Religião: Católica Romana
Nacionalidade: maltesa
Eletricidade: 230V, 50HZ.(A tomada é de três pinos. Um adaptador, ao preço de 2,85 euros, pode ser adquirido nos supermercados).
Transporte
De Sliema para Valletta, o ônibus é uma maneira barata de se viajar. A passagem custa 1,50 euro, sendo válida por duas horas. Isso significa que pode-se trocar de ônibus quantas vezes for necessário com um mesmo tíquete; portanto, a passagem não deve ser descartada nesse período. Esse também é o valor para os roteiros interurbanos. Tudo é muito perto; as cidades parecem bairros de uma metrópole e os coletivos funcionam como ônibus circulares. Assim, com o mesmo 1,50 euro é possível viajar por mais de uma cidade dentro da ilha de Malta.
No geral, tanto turistas quanto locais dão preferência pelas caminhadas para apreciar a beleza da paisagem, mas, para quem depende muito do transporte coletivo, há a opção de compra de um passe semanal, que fica ainda mais em conta. O problema é o horário. Os ônibus são demorados; parece que não herdaram a pontualidade britânica. A falta de preparo de alguns motoristas também mancha a imagem desse belo país. Vi um motorista fechar a porta do ônibus apertando um carrinho com o bebê dentro e ainda destratar a mãe da criança porque ela havia reclamado. Em outra oportunidade, assisti um motorista partir com o ônibus deixando na calçada, aos gritos, uma idosa que havia descido para olhar uma informação na placa da parada. E ele sabia que ela havia saído. Um detalhe: o marido da idosa ficou dentro do ônibus e também a sua bolsa.

Os horários de partida dos ônibus são informados nas paradas, mas nem sempre são obedecidos.

Os ônibus são limpos e com poucos passageiros, confortos que contrastam com as grosserias de muitos motoristas.
Por outro lado, alugar carros e dirigir em Malta também é complicado porque a mão é inglesa. Ou seja, os automóveis circulam pelo lado esquerdo. A velocidade máxima é de 65km/h.
Uma terceira opção para se chegar à capital, a partir de Sliema é fazer a travessia de ferry. Para Gozo e Comino, também é preciso utilizar embarcações. Excursões contratadas também fazem essas rotas incluindo a pequena Comino. A maioria, no entanto, só realiza os passeios para Comino de março a outubro. Em Gozo, onde os pontos turísticos são muitos distantes, toma-se os transportes coletivos locais e em Comino, devido ao reduzido tamanho da área, pode-se andar a pé.
Preços e duração da viagem
Ferry Sliema – Valletta: 2,80 euros (ida e volta) 1,50 (só ida) a viagem dura cerca de cinco minutos)
Ônibus Sliema-Valletta (e para todas as outras cidades da ilha de Malta): 1,50 euro.

Alguns passeios oferecidos por agências:
Captain Morgan Cruises
Harbour Cruise: cruzeiro pelos portos naturais de Marsamxett e Grand Harbour.
Partidas: diariamente da Sliema Ferries
Preços: adultos (16 euros) e crianças de menos de 12 anos (13 euros).

Hop on/hop off
Tour na ilha de Malta passando por Valletta, pelas Três Cidades, Templos, Marsaxlokk, Blue Grotto, Mdina, Mosta e Sliema
Ticket para um dia: 20 euros (adultos) e 12 euros (crianças de 5 a 14 anos).
Ticket para dois dias: 37 euros (adulto) e 20 euros (crianças de 5 a 14 anos).
Água
A água da torneira não é de boa qualidade; diferentemente do que se aprende na escola, tem cor, gosto e cheiro. Os guias explicam que como é muito caro levar água até as ilhas, a do mar é dessalinizada, sendo esse o motivo do gosto. Aconselham a somente se beber água mineral. No banho isso também é observado. No momento em que está sendo lavado, o cabelo fica grudento, mas depois de seco, isso não acontece e o resultado é bom.

A paisagem no Mediterrâneo é bela, mas na ilha, a água é salobra.
Um pouco da história
As lutas são presença constante na história maltesa porque desde os primórdios da civilização o arquipélago foi ocupado pelos mais diferentes povos. Acredita-se que os primeiros habitantes chegaram cerca de 4 mil anos a.C. Eram camponeses sicilianos que além das suas famílias, levavam também animais, cerâmicas e armas de pedra.
Depois disso, Malta foi invadida por fenícios, romanos, bizantinos, árabes, normandos. Em 1530 chegaram os cavaleiros de San Juan, que permaneceram nas ilhas por mais de 250 anos. Eles não eram invasores; receberam o arquipélago de presente do rei Carlos I, da Espanha. Tratava-se de uma ordem militar, uma força internacional cujos membros eram originários de oito diferentes regiões da Europa: Auvernia, Provença, França, Aragon, Castilha, Inglaterra, Alemanha e Itália. Cada grupo tinha sua própria sede e o um Grão Prior.
O primeiro deles foi um francês, e o último, um alemão, foi quem entregou Malta a Napoleão Bonaparte. Os últimos ocupantes foram os ingleses, que lá permaneceram de 1798 a 1964, quando o arquipélago tornou-se independente. Em 1974, Malta foi declarada república e em 2004 passou a integrar a Comunidade Europeia.

Finalmente, em 1964, depois de diversas ocupações, Malta tornou-se um país independente. O monumento em bronze e mármore, que comemora essa importante data, fica na entrada dos Jardins de Maglio, em Floriana.

Durante a Guerra da Crimeia e a Primeira Guerra Mundial, Malta serviu de base para o acolhimento de feridos ao ponto de ser chamada de “a Enfermaria do Mediterrâneo”. Já na Segunda Grande Guerra, sofreu intensos ataques aéreos. Consequentemente importantes prédios foram destruídos e os habitantes passaram por grandes dificuldades.
Outro momento em que Malta fez história foi quando, em 1989, o presidente dos EUA, George Busch e o líder soviético Mikail Gorbachev acabaram oficialmente com a Guerra Fria a bordo de uma embarcação no porto de Marsaxlokk.
Armaduras dos séculos XVI, XVII e XVIII que lembram os tempos de guerra estão expostas nos museus de Malta. Também na rua é possível se encontrar delas para tirar uma foto.
São Paulo
A chegada de São Paulo é apontada pelos historiadores como a introdução do cristianismo na ilha. Foi durante o período romano, no ano 60 d.C. que ele chegou ao arquipélago devido a um naufrágio, quando estava sendo levado a Roma para ser julgado pelo César. Em Melita (hoje Mdina), o apóstolo curou o governador Publiu de febre. Por essa razão, o dirigente romano converteu-se ao cristianismo tendo sido ordenado bispo pelo próprio São Paulo. Três meses depois, quando o mar se tornou favorável à navegação, São Paulo seguiu para Roma.
Zona do Portuária
Grand Harbour (Grande Porto)
Localizado numa enseada e protegido pelos fortes de St Elmo e Ricasoli, o Grand Harbour, é um porto natural, utilizado desde o tempo dos romanos. Empresas turísticas oferecem cruzeiros pelas suas águas momento em que narram a história da ilha e apontam as belezas naturais e arquitetônicas do seu entorno.
Valletta
Quando os Cavaleiros de São João chegaram a Malta, em 1530, estabeleceram-se em Birgu, cidade que foi de extrema importância no Grande Cerco de 1565, demonstrando que se tratava de posição bastante segura para a Ordem. Assim, a construção de Valletta, na península do Monte Sceberras, iniciou em 1566 e durou 15 anos.
O grão-mestre Jean Parisot de la Vallette, o herói do Grande Cerco, foi quem colocou a pedra fundamental da cidade que leva seu nome. Os primeiros prédios foram os albergues que sediavam os diferentes grupos étnicos em que se dividia a Ordem. Com localização estratégica, de frente para o mar, a cidade fortificada abriga os portos naturais de Marsamxett e Grand Harbour, tendo sido concebida para protegê-los.
A partir de 1571, quando se tornou a capital de Malta, Valleta tornou-se o maior centro financeiro e comercial de Malta e devido às diversas ocupações pelos mais diferentes povos ao longo dos séculos, possui hoje, uma riqueza histórica e arquitetônica inestimável, tendo sido reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1980. São mais de 300 monumentos em 55 hectares, o que transformam a cidade fortificada e um museu ao ar livre.
A previsão é que em 2018 receba o título de Capital Europeia da Cultura.
A capital maltesa é pequena. Assim, é possível percorrê-la a pé para se admirar seus antigos prédios em tons pastéis onde se destacam grandes e coloridos balcões. As escadarias também são uma constante e algumas delas são grandes de modo a permitir que os cavaleiros pudessem subir seus degraus com pesadas armaduras. Mas nem só de cultura vive Valletta. Além dos imponentes prédios, museus e igrejas, a capital maltesa também conta com um bom número de lojas, cafés e restaurantes. Também chamam atenção os hidrantes e as cabines vermelhas semelhantes às londrinas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Valletta foi fortemente bombardeada e prédios históricos parcialmente destruídos. Foram restaurados e atualmente, dentre outros, pode-se conhecer:

A pedra fundamental de Valletta foi colocada pelo Grão-mestre Jean Parisot de la Vallette.

A cidade é quase toda protegida por muralhas.

Na chegada à Capital via ferry, o turista já se depara
com os prédios de cor pastel e seus coloridos balcões de madeira.

Em meio a tantos prédios seculares destaca-se a moderna sede do Parlamento,
bem na entrada de Valletta via ônibus, logo depois do portão de entrada.

Banco Central de Malta, em Valletta.
Em Valletta, as escadas são uma constante.

Música e cores alegram as ruas do centro de Valletta.
Republic Street
É a principal rua de Valletta, com suas lojas de souvenirs e vestuário, bares e cafeterias. Praticamente divide a cidade em dois lados, o de Marsamxett, onde se toma o ferry para Sliema e o do Grand Harbour de onde é possível se enxergar as três cidades (Vittoriosa, Cospicua e Senglea).

Em época de festas, a Republic Street é toda decorada.
Republic Square
Localizada no final da Rua da República, a praça de mesmo nome também conhecida como “a Praça da Rainha” porque bem ali há uma estátua da Rainha Vitória. No fundo está a Biblioteca Nacional de Malta, com entrada gratuita. Cafés e restaurantes recebem dezenas de turistas e locais todos os dias.
Grand Master’s Palace (Palácio do Grão Mestre)
O Palácio dos Grãos Mestres foi construído em 1578 pelo arquiteto Gerolamo Cassar, também
responsável pela Co-Cathedral de St John No andar superior está a Sala do Trono, também conhecida como Sala do Supremo Conselho, que contém o trono ocupado pelos grandes
mestres e depois pelos governadores britânicos. Atualmente sedia o Gabinete do Presidente da República.
Museu do Arsenal (Palace Armoury)
Fica dentro do Palácio do Grão-Mestre. Sua coleção conta com mais de 5 mil objetos e um significativo número de armaduras dos séculos XVI, XVII e XVIII, dentre as quais estão as de dois dos mais importantes mestres da Ordem: Alof de Wignacourt e de La Valette. Quando um cavaleiro morria, sua armadura passava a ser propriedade da Ordem.

O arsenal do palácio reúne um grande número de armaduras dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Fort St Elmo (Forte de St. Elmo)
Construído pelos Cavaleiros de Malta em 1551 com a forma de uma estrela de quatro pontas, foi o primeiro edifício da península que divide os portos de Marsamxett e Grand Harbour, com o objetivo de controlar o acesso a esses dois portos. Cenário de uma das maiores batalhas da ilha, foi tomado pelos otomanos durante o Grande Cerco de 1565, embora tenha resistido por um mês. Na Segunda Guerra Mundial também foi muito visado tendo sofrido intenso bombardeio. Aberto à visitação aos domingos.
Aberto diariamente 9 às 18h.
Fechado na Sexta Feira Santa, 24,25 e 31 de dezembro e também no dia 1º. de janeiro.

O Forte de St. Elmo protege a capital Valletta.
Museu Nacional de Guerra (War Museum) National War Museum
Fica no interior do Forte de St Elmo. Tem enfoque especial em acontecimentos relacionados à Segunda Guerra Mundial quando as ilhas sofreram intensos bombardeios. Dentre seu acervo destaca-se um dos aviões utilizados na ilha no início do conflito e a Cruz de São Jorge com a qual o rei Jorge VI condecorou Malta na mesma guerra.
Upper Barrakka Gardens (Jardins de Barrakka)
Os Jardins Superiores de Barrakka ficam bem próximos ao ponto de ônibus, podem ser acessados pelo elevador ou, a partir do porto, pelas escadas. Antes eram privados, mas desde o século XIX estão abertos ao público. Oferecem vistas espetaculares do Grande Porto e das Três Cidades. Trata-se de um parque arborizado e com belas estátuas, monumentos e arcos de onde se pode ver, a bateria militar recentemente restaurada que fica no nível inferior e assistir, diariamente, a saudação com tiros de canhões do século XIX. Aberto todos os dias. Entrada gratuita.

Dentro do jardim há uma replica da estátua Le Gavroches do escultor maltês Antonio Sciortin. A original está no Museu Nacional de Belas Artes.
St. John’s Co-Cathedral
Inaugurada em 1578, a Co- Cathedral de São João é uma das mais admiráveis atrações de Malta. Quem olha o seu modesto exterior não imagina quão belo é o seu interior barroco com detalhes em ouro e lindas pinturas no teto. Uma das obras mais importantes que abriga é a pintura que representa a morte de São João de Caravaggio (que chegou a Malta fugido por haver cometido um assassinato em Roma). Após a visita é interessante sentar em uma das mesinhas das inúmeras cafeterias da St. John’s Square.
Visitação
De segundas a sextas-feiras: das 9h30 às 16h30
Sábados: das 9h30 às 12h30
Domingos e feriados: sem visitação
Ingressos
Adultos: 10 euros
Seniors e estudantes: 7,5 euros
Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo
A grande cúpula que se vê na fotos de Valletta, principalmente quando são tiradas a partir de Sliema, pertence àIgreja Nossa Senhora de Monte Carmelo, bela também na parte interna
Church of Our Lady of Victory (Igreja de Nossa Senhora das Vitórias)
É a primeira igreja de Valletta. Construída pela ordem de St. John, a igreja foi dedicada à Natividade da Virgem em ação de graças pela vitória de Malta de sobre o exército otomano no Grande Cerco. O Grão-Mestre Jean Parisot de La Vallette, financiou sua costrução. Acredita-se que tenha sido a igreja particular desse Grão Mestre. Seus restos mortais foram inicialmente enterrados na mesma e posteriormente, quando a St. John’s Co-Cathedral foi concluída, foram transladados para a sua cripta. Atualmente está em restauração.
Igreja Santa Catarina de Alexandria
Localizada em frente à Igreja Nossa Senhora das Vitórias. Trata-se de um prédio do século XVI.

Igreja do Naufrágio de São Paulo
Localizada no centro de Valletta, na região para pedestres, é dedicada ao apóstolo São Paulo, que introduziu o cristianismo em Malta, no ano 60 d.C, quando após naufragar passou três meses nas ilhas. Possui muitos tesouros artísticos e relíquias religiosas, muitas em ouro e prata, dentre as quais destacam-se um dos ossos da mão esquerda do santo e parte da coluna em que ele foi decapitado em Roma.
Teatro Manoel (Manoel Theatre)
Construído em 1731 pelo Grão Mestre da Ordem, Anton Manoel de Vilhena, cujo objetivo era manter os jovens cavaleiros da Ordem ocupados com algo prático e oferecer “uma forma decente de entretenimento”, conforme expresso na entrada principal. Também se chamou Teatro Público e Teatro Real, no período de domínio britânico. Está localizado no centro de Valletta e sedia a Orquestra Filarmônica de Malta. É um dos teatros mais antigos da Europa.
Horário de visitação:
Segundas as sextas: das 10h às 16h30
Sábados: das 10h às 12h30
Visitas guiadas de aproximadamente 30 minutos diariamente com exceção de domingos e feriados.
Ingresso: 5 euros por pessoa (inclui audioguia em seis idiomas: maltês, inglês, italiano, francês, alemão e espanhol).
National Museum of Archeology (Museu Nacional de Arqueologia)
Localizado na Republic Street, fornece uma visão geral da história maltesa. Seu acervo conta com uma coleção de peças pré-históricas, incluindo objetos de barro, estatuetas, e utensílios de pedra. As relíquias mais importantes são as estátuas sem cabeça que parecem representar uma divindade feminina, a Vênus de Malta e as pedras originais decoradas do Templo de Tarxien. Há também maquetes dos templos e elementos funerários dos períodos púnico e romano.
National Museum of Fine Arts (Museu Nacional de Belas Artes)
Restaurado em 1974, possui pinturas, esculturas, mobiliário e objetos relativos à Ordem de San Juan. Foi um dos primeiros prédios a ser construído em Valeta. Anteriormente foi seminário e residência de militares e nobres. Suas escadas são famosas pela beleza que apresentam. Conta com obras de Reni, Preti, Tiepolo, Valentini, Stormer e Favray e dos artistas malteses Zahra, Erardi, Cali e Sciortino.
Sliema
Quase desabitada até meados do século XIX, Sliema, palavra que se origina de Sliem, que significa paz, era uma vila de pescadores que começou a atrair as pessoas que fugiam da vida agitada de Valleta. No início do século XX, famílias abastadas da capital maltesa começaram a construir casas de veraneio nessa parte do litoral dando início a um rápido desenvolvimento.
Hoje, Sliema é uma das principais zonas comerciais, sociais e residenciais de Malta. Conta com os mais modernos hotéis e um calçadão à beira-mar muito concorrido para caminhadas, principalmente no entardecer. Não é praia para banho, apenas para passear e admirar o pôr do sol, quando a vista do Mediterrâneo com Valletta ao fundo fica ainda mais bela. Parece uma grande marina com barcos dos mais simples aos mais luxuosos.
Outra boa opção para o happy hour é sentar em um dos inúmeros bares ou cafés da avenida beira-mar.
Nos dias de semana, uma boa pedida é percorrer o comércio. As lojas de grifes tem preços bastantes justos e ficam abertas das 9h às 13h e das 16h às 19h. Fora desses horários, e em feriados e fins de semana, tudo é paz. Parece uma cidade do interior, com ruas desertas e muito tranquilas. O movimento é só na avenida beira mar repleta de turistas e estudantes; chama atenção o número de turistas da terceira idade.
O horário do Shopping The Point é diferenciado. Aberto de segunda a sábado das 9h30 às 19h30 tem supermercado, cafés e lojas de marcas conhecidas como Armani Jeans, Crocs, Guess, Hilfiger Denim, Lacoste e Adidas, algumas das quais também tem unidades no centro de Sliema. O Tower Supermarket, aberto das 8h às 20h, também fica no centro, funcionando de segunda a sábado. Bastante diversificado, oferece produtos de higiene, embutidos, carnes e frutas frescas, pães, bebidas, delicatessen, limpeza, entre muitos outros. Alguns dos produtos mais urgentes, como água, pães, leite, etc podem ser encontrados em pequenos armazéns nos fins de semana, mas com preços mais elevados.
A maioria das escolas de inglês frequentada principalmente por jovens entre 20 e 30 anos (atualmente com um certo número de idosos) ficam em Sliema.
Alguns preços:
2 kg de laranja: 2,75 euros
Pão maltês: 0,30 euro
Água mineral 2 litros: 0,56 euro
Água mineral meio litro: 0,35 euro
Um expresso: 1,40 euro
1 capuccino: 1,60 euro

O povo maltês é muito católico, fato evidenciado em muitas das residências.

Muitas casas são identificadas pelo nome do morador.

As ruas são estreitas mal possibilitando condições de ultrapassagem.
St Julian’s
St Julian’s é uma charmosa cidade vizinha à Sliema. Cresceu no entorno de uma capela dedicada a St Julian’s, construída em 1580 e remodelada por diversas vezes. Era uma pequena vila de pescadores que transformou-se num local repleto de bares, restaurantes, lojas e hotéis, às margens do Mediterrâneo, onde uma praia que há alguns anos era inexistente, hoje recebe, nas suas areias artificiais, turistas de todas as nacionalidades, numa verdadeira diversidade cultural.
Embora seja uma cidade ainda pequena, com apenas 160 ha e pouco mais de 10 mil habitantes, a vida fervilha nessa parte da costa de Malta, cuja beleza é completada com os coloridos dos barcos atracados na baía de Spinola, oferecendo diversos passeios pelo Mediterraneo. São muitas as opções de entretenimento.
Assim como em Sliema, é grande o número de estudantes que procuram cursos de inglês por meio de intercâmbio nas suas diversas escolas de idiomas.
Love Statue
Erguida na Sinola Bay. Representa a palavra LOVE de cabeça para baixo. O objetivo do autor é que em noites de luar possa ser lida corretamente no reflexo da água.

A Love Statue recebeu um prêmio da Academia Internacional de Arquitetura.
Paceville
Antigo posto militar na década de 30, é o efervescente distrito de St Julian’s que centraliza os principais bares, pubs e discotecas tendo se tornado o centro da vida noturna de toda a ilha de Malta. Nesse bairro, onde a música eletrônica predomina e o movimento inicia por volta das 22h30 e se estende madrugada a dentro, também há um requintado cassino.
Os dias de maior movimento são sextas-feiras e sábados. Na Triq Santa Rita Steps, a rua das escadas, a entrada nas discotecas é gratuita e além disso, divulgadores distribuem tickets para drinks free como forma de atrair clientes. Dessa maneira, é possível entrar e sair em cada uma das casas noturnas sem pagar e ainda de quebra beber da mesma forma. É o que a maioria dos jovens costuma fazer, com total segurança, apenas quebrada vez por outra por alguém alcoolizado, o que também não incomoda.

Divulgadores atraem clientes distribuindo vale-drinks em frente às discotecas.

O animado paulista Gerald era um assíduo frequentador de Paceville.

É uma rua inteira cheia de discotecas, uma ao lado da outra.

As discotecas são bonitas e bem decoradas.

E fervilham a partir das 22h de sextas e sábados, quando jovens dos mais diferentes países
as lotam .
As três cidades
Localizadas na zona de Cottonera devido à linha de fortificações construída em 1670 ao redor das três cidades com o objetivo de defendê-las de uma possível invasão otomana, cada uma delas tem dois nomes: Birgu (Vittoriosa), Bormla (Cospicua) e L-Isla (Senglea). A denominação Cottonera é uma homenagem aos Grão Mestre Nicolas Cotoner, o iniciador das obras.
Essa é a parte urbana mais antiga da zona portuária maltesa. As três cidades foram colonizadas por mercadores de várias nacionalidades. Na época do domínio britânico tinham grande movimento pelo fato de o Grand Harbour haver se tornado a base da frota britânica no Mediterrâneo, o que fez com que muitas famílias fossem morar em Birgu e Senglea. Por estarem perto das instalações militares, foram bastante bombardeadas durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da independência de Malta, as bases militares foram fechadas e navios cargueiros e petroleiros tomaram conta do porto.
Vittoriosa (Birgu)
Em 1530, quando chegaram a Malta, os Cavaleiros optaram por viver em Birgu pelo fato dessa cidade ser mais próxima ao mar do que Mdina. O nome Vittoriosa foi dado pelo Grão Mestre Vallette após o Grande Cerco de 1565. Prédios importantes sobreviveram aos bombardeios da Segunda Grande Guerra, como por exemplo:Marítimo – possui réplicas de barcos, pinturas, armas e instrumentos náuticos relativos a história marítima de Malta. Tem salas dedicadas à história de navegação dos Cavaleiros e da Marinhas britânicos.
Senglea (Isla)
É a menor das Três Cidades. Pela valentia dos seus habitantes durante o Grande Cerco, também recebeu um título honorífico, passando a ser chamada de Cidade Invicta. Oferece uma bela vista de Valletta e do Grand Harbour. O nome Senglea é originário do Grão Mestre que a construiu: Claude de la Sengle
Cospicua (Birmla)
Com uma população de mais de 5 mil habitantes, é a mais populosa dentre as Três Cidades. O ponto turístico mais procurado é a Igreja de Imaculada Conceição, a Porta de Santa Elena, construída no século XVI, em estilo barroco e as fortificações das linhas de Santa Margarida.
Sul
As principais atrações do Sul da ilha de Malta são: o povoado de Marsaxlokk, a Blue Grotto (Gruta Azul) e os sítios arqueológicos.
Marsaxlokk

Marsaxlokk é uma vila de pescadores de menos de 5 quilômetros quadrados e cerca de 4 mil habitantes. O significado do seu nome é porto do sudeste. Tornou-se conhecida pela feira localizada no porto, que aos domingos oferece peixes frescos, artesanato local, roupas, utensílios do lar, frutas e verduras. Os preços variam entre 3 e 20 euros, mas a pechincha é válida. A cidade também é famosa pelos diversos restaurantes com cardápios voltados para os frutos do mar a preços bem razoáveis.
Atracados no cais, estão os luzzus, coloridos barcos pesqueiros, a maioria dos quais traz o “Olho de Osiris”, uma tradição que remonta ao tempos dos fenícios e que, segundo a crença local, atrai boa sorte. Além disso, a estátua de San Andres, patrono dos pescadores, também vigia as atividades portuárias. No século XVII, a proteção também chegava por conta do forte de San Lucian, de 1610, construído para vigiar a entrada do porto e impedir os ataques de inimigos. Por 14 euros, é possível se almoçar uma refeição que inclui penne napolitana, seguida de filé de peixe, finalizada por sobremesa. Acompanha um copo de vinho.
Um monumento no calçadão de Marsaxlokk homenageia o pescador.
Os barquinhos de pescadores dão um colorido todo especial às águas de Marsaxlokk.

Na feirinha, encontra-se artesanato de boa qualidade. Um trilho de mesa de linho bordado custa 20 euros e uma boneca de pano pode sair por 5.
Gruta Azul
Na costa sudoeste, os penhascos são mais altos e o mar de um muito azul. Perto da pequena vila Wied Iz – Zurrieq, há cavernas naturais criadas pelas ondas durante milênios de anos e na boca do vale, ficam os barcos utilizados pelos pescadores para levar os turistas até a Blue Grotto (Gruta Azul).
Por apenas 4 euros por pessoa faz-se um lindo passeio. A água é de um azul intenso, sendo essa a origem do nome da gruta, também conhecida como Il-Hnejja, que significa O Arco em maltês.Gruta AzulNa costa sudoeste, os penhascos são mais altos e o mar de um muito azul. Perto da pequena vila Wied Iz – Zurrieq, há cavernas naturais criadas pelas ondas durante milênios de anos e na boca do vale, ficam os barcos utilizados pelos pescadores para levar os turistas até a Blue Grotto (Gruta Azul). Por apenas 4 euros por pessoa faz-se um lindo passeio. A água é de um azul intenso, sendo essa a origem do nome da gruta, também conhecida como Il-Hnejja, que significa O Arco em maltês.
Hipogeo de Hal Saflieni
Foi criado entre 4100 e 2500 a.C e encontrado em 1902. Tem três níveis, mas apenas o primeiro pode ser visitado. Deve ter sido utilizado como local de celebração de ritos de fertilidade e também como cemitério pois há restos de umas 7 mil pessoas. A peça mais importante desse sítio é a estátua de terracota da Dama Durmiente, que se encontra no Museu de Arqueologia de Valletta. Reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade

Templos de Tarxien
O conjunto de Tarxiem tem quatro templos. O mais antigo remonta a 3.200 a.C. Os grandes blocos de pedras são decorados com espirais em relevo e representações de animais.
Aberto diariamente das 9h às 17h. Tel.: 216955
Hagar Qim Mnajdra

Os templos megalíticos de Malta estão entre os locais religiosos mais antigos da Terra.
O templo de Hagar Qim é da Idade da Cobre; foi construído em 2700 a.C. No templo de Mnajdra, há buracos em algumas paredes onde, acredita-se que se colocavam estátuas de deuses e deusas e que, escondido dentro do oráculo, o sacerdote falava. Seria a voz da divindade ante os fiéis. Também é possível que se tenha praticado rituais de cura nesses locais porque foram encontradas figuras de barro simulando membros humanos enfermos.

Passagem para as câmaras internas.

O complexo de Mnajdra é Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco.

Esculturas em relevo fazem parte da decoração.

Espirais em relevo também decoram o templo.
Interior
Mosta
No passado, Mosta era considerada uma cidade segura, pelo fato de estar longe da costa e consequentemente, dos ataques de piratas. Atualmente, sua principal atração é a igreja de Santa Maria, com formato circular, inspirada no Panteon de Roma. Essa igreja, que levou trinta anos para ser concluída, tem a terceira maior da Europa e uma história de milagre.
Em 1942, durante a Segunda Grande Guerra, algumas bombas caíram no entorno da igreja e uma delas atravessou a cúpula, caindo bem no centro da igreja onde 300 pessoas rezavam. A bomba não explodiu e hoje, uma réplica da mesma pode ser vista na sacristia.
The Rotunda Church: construída entre 1833 e 1860
Tel.: 2143826
Mdina, a cidade silenciosa
Atualmente Mdina é uma das principais atrações turísticas de Malta. A antiga capital maltesa é caracterizada pela sua arquitetura medieval e barroca e até 1571 era centro administrativo da região, além de abrigar as forças militares e governamentais. Perdeu importância com a transferência do governo para Valletta, período em que a muitos dos seus moradores também se transferiram para a nova capital. Permaneceram na “cidade antiga”, como passou a ser chamada, apenas as famílias da aristocracia, que continuaram habitando as casas de seus antepassados.
Na época romana, a cidade era chamada de Melita e a vizinha Rabat ficava no interior das mesmas muralhas. Foram separadas pelos árabes, que denominaram a cidadela de Mdina e de Rabat (cujo significado é subúrbio) o restante, denominações que perduram até hoje. No período romano, os enterros dentro das cidades eram proibidos, motivo pelo qual as catacumbas ficavam fora das muralhas.
No ano de 1693, parte de Mdina foi destruída por um grande terremoto os Cavaleiros reconstruíram a catedral e ergueram alguns dos prédios barrocos que hoje podem ser admirados na “cidade silenciosa”, como atualmente é chamada, o que se deve, em parte, pelo fato do trânsito de automóveis ser proibido no seu interior. Somente podem entrar os carros pertencentes aos atuais moradores.
É possível se visitar esse museu a céu aberto em metade de um dia, mas o ideal é reservar um dia inteiro para caminhar pelas suas tortuosas e quase desertas ruelas observando as casas cor ocre e os antigos palácios. Interessante também é almoçar em algum dos seus restaurantes, como o Fontanella, cujos bolos são tão belos quanto deliciosos e que oferece uma vista esplendorosa do entorno da ilha de Malta. Além disso, melhor ainda é realizar esse passeio um dia de semana, uma vez que nos domingos, a cidade não é assim tão silenciosa, e os restaurantes ficam lotados, dificultando, como no Fontanella por exemplo, uma mesa que dê acesso àa bela vista.
Ônibus para Mdina: números 51, 52, 53, X3, 202, 203.

Assim como nas demais praças e ruas, em Mdina, o nome dos logradouros está em maltês e em inglês.

Na Pjazza San Publiju, logo na entrada principal, dois canhões protegem a cidade.

Quem quiser sentir ainda mais o clima daquela época pode visitar a “Cidade Antiga” numa elegante carruagem.

Assim como em outras cidades maltesas, a religiosidade dos habitantes de Mdina fica evidente na fachada das suas residências.

A Pjazza Tas Sur /Bastion Square sedia belos palacetes. A Casa Mdina é um deles.
Porta principal
Construída em 1724 pelo grão Mestre de Vilhena. O escudo da cidade está talhado em pedra traz as armas do grão mestre em mármore branco.

Catedral de São Paulo
Primeira catedral de Malta, dedicada originalmente à Virgem Maria, está localizada no lugar onde antes era o Palácio de Publiu, local em que o governador foi curado pelo apóstolo. No período de ocupação muçulmana, foi destruída e reconstruída novamente. O grande terremoto de 11 de janeiro de 1693 a destruiu quase por completo sobrando apenas a sacristia e o coro. Dedicada a São Paulo, foi reconstruída em estilo barroco. No seu interior destacam-se as talhas douradas e as pinturas e esculturas que representam a vida de São Paulo. A nova catedral, consagrada em 1702, foi obra do arquiteto maltês Lorenzo Gafa.
Museu da Catedral
Localizado na praça do Arcebispo é um imponente palácio barroco que acolhe a coleção de arte, arqueologia e arquivos históricos. O edifício, concluído em 1744 foi construído para ser
um seminário diocesano e assim foi até a primeira década do século XX. Depois disso foi utilizado por instituições eclesiásticas e educativas até a década de 60 quando foi convertido no Museu da Catedral. É considerado um dos museus de arte mais importantes de Malta. Conta com uma excelente coleção de pinturas, prata, vestimentas eclesiásticas.
Palácio Vilhena
O Grão estre de Vilhena contratou o arquiteto Guion de Mondion, o mesmo responsável pelo Teatro Manoel para construir esse palácio barroco em 1725. Nos anos posteriores, funcionou como hospital. Atualmente sedia o Museu de História Natural de Malta, que exibe fósseis e vida selvagem locais. Embaixo do palácio, nas masmorras, pode-se observar instrumentos de tortura originais usados em Malta desde a Idade Média até 1813.
A Experiência de Mdina (The Mdina Experience)
Antes de iniciar a visita a Mdina, é interessante assistir o audiovisual The Mdina Experience na Mesquita Square. A história da antiga capital de Malta através dos séculos pode ser acompanhada com o auxílio de um audioguia com opção de um dos 12 diferentes idiomas oferecidos. Os tickets custam 6,00 euros (adultos) e 3 euros (crianças). São duas sessões diárias, às 10h e às 17h. Mais informações podem ser obtidas no telephone +35621450055, e nos endereços:
www.themdinaexperience.com
info@themdinaexperience.com
Palácio Falzon (Palazzo Falzon)
Edifício Medieval também conhecido como Norman House (Casa Normanda). Foi construído
entre 1495 e metade do século XVI. É o segundo prédio mais antigo de Mdina.
End.: Villegaigon Street, Triq IL Villegaignon,12
Te.: +356 2145 4512
Fontanella Tea Garden
Localizado na Bastion Street, é um dos restaurantes mais famosos de Mdina. Local aconchegante, com uma vista magnífica e bolos maravilhosos. A fatia é bem servida e dá para compartilhar. A pizza também é boa.
Uma fatia de bolo: 3,25 euros
Uma pizza: 9 euros
Tel.: + 356 2145 0208
Rabat
Rabat, mais moderna mas, ainda assim, repleta de história. Acredita-se que após seu naufrágio, São Paulo viveu por três meses e na gruta que existe sob a cidade romana e de lá lançou a semente dessa religião nas terras maltesas. A igreja foi construída onde anteriormente havia um cemitério. Suas tumbas são ricas em elementos arquitetônicos e dentre elas, as maiores são as de São Paulo e a de Santa Águeda, no bairro de Hal-Bajjada
Igreja e Caverna de São Paulo
Fica na praça principal de Rabat, onde antes era o Palácio de Publiu, local em que o governador foi curado pelo apóstolo e assim, convertido ao cristianismo. Projetada por Franccesco Buonamici e construída por Lorenzo Gafa entre os anos de 1656 e 1681, a igreja apresenta uma fachada com três portais. No seu interior há muitas obras de arte que representam cenas da vida de São Paulo. Próxima à entrada principal há uma escada que conduz à Caverna, onde o santo viveu no período em que esteve em Malta. Dizem que a pedra da caverna tem poderes milagrosos.
Catacumbas
São do período romano porque naquela época não se podia enterrar os mortos dentro das cidades. Há catacumbas pagãs, judias e cristãs, onde existem mesas na rocha, nas quais acredita-se que eram celebrados rituais em homenagem aos mortos e nos aniversários dos seus falecimentos. As de São Paulo são as maiores, enquanto que as de Santa Águeda são mais decorativas.

As catacumbas são um grande cemitério subterrâneo composto de corredores e câmaras.

No período romano, os mortos não eram cremados e não podiam ser enterrados dentro das cidades por isso foram criadas as catacumbas, que ficavam na parte externa das muralhas.
Norte
Qawra
Localizado em Qawra, o Aquário Nacional de Malta fascina crianças e adultos. Nos seus 26 tanques apresenta uma coleção de mais de 150 espécies marinhas do Mediterrâneo e, se o visitante tiver sorte, poderá assistir o momento em que alguma delas é alimentada.
Uma das sensações mais interessantes é quando se passa por dentro do túnel de água, o que faz imaginar o que devem ter sentido os judeus quando atravessaram o Mar Vermelho.
Horário de visitação: diariamente das 10h às 18h
Endereço: Triq it-Trunciera,Qawra, San Pawl il-Bahar, SPB 1500
Tel.: + 356 2258-8146
www.aquarium.com.mt
Preços dos ingressos:
crianças de zero a quatro anos – entrada gratuita
de cinco a doze anos – 6 euros
13 anos a 59 anos – 12,90 euros
Sessenta anos em diante – 10,90 euros
Mellieka
Popeye Village
Na cidade de Mellieka, localizada a cerca de 20 minutos de Valletta, foi construída para ser set de filmagem da produção Popeye, em 1980, a qual teve Robin Williams no papel principal. Trata-se de uma autêntica vila de madeira, construída junto à Anchor Bay que recupera, em detalhes as casas de Popeye, Olívia Palito, Brutus, além de bar, padaria e agência de correios. Tem-se a impressão de estar verdadeiramente no local, que tornou-se uma das atrações turísticas mais populares de Malta, principalmente para o público infantil. A visita também inclui um passeio de barco de 15 minutos e o ingresso custa 10 euros.
Aberto nos seguintes horários:
outubro, março – junho: das 9h30 às 17h30
novembro – fevereiro: das 9h30 às 16h30.
Para chegar na Popeye Village, toma-se o ônibus 101
Mais informações:
www.popeyemalta.com
info@popeyemalta.com
tel.: 2152-4782/3/4 cel.: 7952-4782
Comino
Comino é uma pequena ilha, uma reserva natural, um santuário de aves situado entre Malta e Gozo. A ilha é praticamente desabitada porque lá vive apenas uma família de camponeses, sendo no entanto, muito procurada por turistas, especialmente no verão, por sua beleza natural e pelo azul cristalino das suas águas. Para chegar até Comino, pode-se tomar um barco em Marfa (Gozo) ou em Cirkewwa. Empresas de turismo também realizam passeios até lá, mas a maioria o faz somente a partir do mês de abril. Os barcos saem do porto de Sliema. Em Comino existe apenas um hotel voltado para esportes aquáticos, mas funciona de abril a outubro.
Blue Lagoon (Lagoa Azul)
Cenário do filme de mesmo nome, de 1980, com Brooke Shields, a Lagoa Azul fica numa enseada entre Comino e a ilhota de Cominotto. É um lugar paradisíaco, com águas límpidas e transparentes.

A Lagoa Azul é uma das melhores praias de todo o arquipélago.

As águas da Lagoa Azul são límpidas e transparentes, o que possibilita que se veja as areias brancas no fundo.
Gozo

Victoria, também chamada de Rabat pelos locais, é a capital de Gozo.
Com uma área de 67 quilômetros quadrados e uma população de mais de 30 mil habitantes, Gozo é a segunda maior ilha do arquipélago de Malta. É mais rural do que a ilha de Malta, cuja travessia até a ilha dura pouco mais de vinte minutos e sua economia está baseada no turismo, pesca, artesanato e agricultura.
A capital comercial e cultural de Gozo é Victoria, também chamada de Rabat pelos gozitanos, é de 1897 e recebeu esse nome em homenagem à rainha da Inglaterra. Fica no centro da ilha e assim como a ilha de Malta, possui ruas estreitas e tortuosas, casas antigas de pedra na cor ocre com balcões coloridos.
Ao longo da história, Gozo foi vítima de muitos ataques piratas sendo que, em 1551, depois de um sítio de três dias, toda a população foi escravizada.
Para se chegar a Gozo há ferries, cujas viagem duram cerca de 25 minutos.
Mais detalhes em:
www.gozochannel.com

A capital fica bem no coração de Gozo.

Nas ruas do centro de Victoria encontra-se prédios dos fins dos séculos XVII e XIX e do princípio do século XX.
Cidadela
A Cidadela é a parte fortificada e mais alta de Victoria, localizando-se no centro da capital gozitana. Teve suas muralhas restauradas de acordo com o aspecto original que remontam aos séculos XVI a XVIII. A parte norte está em ruínas mas a parte sul, onde se encontra a catedral não está. A catedral de fachada barroca, dedicada à Nossa Senhora da Assunção é mais uma obra do arquiteto Lorenzo Gafa. Foi construída entre 1697 e 1711 e no seu interior possui belas estátuas e pinturas, com destaque para as pinturas do teto, que dão a falsa impressão de que há uma cúpula. Também ficam dentro da Cidadela os tribunais de Gozo, o antigo palácio e alguns museus.

A Cidadela é uma medina fortificada no centro de Victoria.

A catedral dedicada a Nossa Senhora da Assunção também foi desenhada pelo arquiteto Lorenzo Gàfa na forma de uma cruz latina. Foi construída entre os anos de 1697 e 1711 no local onde antes havia uma outra igreja. Tem fachada barroca.A pintura do teto interior dá a falsa impressão de haver uma cúpula.

As muralhas foram restauradas para devolver-lhes o aspecto original.
Basílica de St Jorge
Coberta de mármore, fica no exterior da Cidadela, no centro de Rabat. Foi consagrada em 1755. No seu interior destaca-se a estátua de St Jorge esculpida partir de uma única árvore. A Porta da Saúde deve ser atravessada por quem desejar algum benefício nesse sentido.
Basílica de Ta’Pinu
A arquitetura é única, especialmente a maneira de tratar a pedra. É um centro de peregrinação para gozitanos e malteses. A devoção originou-se da história de uma moça, para quem apareceu Nossa Senhora naquele local. Antes da construção da nova basílica já havia uma pequena igreja, que foi conservada e se encontra atrás da atual. A antiga igreja, repleta de oferendas pode ser visitada.

Quem sofre de algum mal procura passar pela porta da misericórdia em busca da cura.
Gruta Calypso
A Gruta Calypso fica num penhasco na ao lado de Xagha. Oferece uma bela vista da Ramla Bay, uma das mais movimentadas de Gozo. Conta a lenda que essa seria a gruta referida no poema de Homero “A Odisseia”, como sendo aquela em que Calypso teria mantido Ulisses preso por amor durante sete anos. A ninfa teria lhe prometido imortalidade caso ele ficasse com ela. Ulisses, porém, conseguiu fugir e retornou para Penélope, sua esposa, a quem amava verdadeiramente.
Atualmente a caverna de Calypso está com visita proibida. Na costa mais abaixo, pode-se ver os ruínas da torre construída pelos cavaleiros no início do século XVIII.
Dwejra
Azure Window

A Janela Azul fica em Dwejra, no noroeste da Ilha de Gozo. É assim denominada porque se trata de uma formação geológica que lembra uma ponte e fica sobre um mar de um azul muito intenso, quase turquesa. Para chegar até ela toma-se um barco no Mar Interior, passa-se por cavernas com águas muito azuis. No retorno, o barco passeia no entorno dos penhascos que a circundam. O valor é de quatro euros por pessoa. Vale à pena.

Com boa vontade pode-se ver as figuras sugeridas pelo barqueiro formadas naturalmente nos penhascos do entorno da Janela Azul. Essa lembra um rosto.
Passeio oferecido por agências
City Sightseeing Malta – Hop on/hop off
Inclui a Cidadela, Ggantija, Dwejra. Rambla Bay, Marsalforn Bay, Xlendi.
Adultos: 18 euros
Crianças: 10 eu
Carnaval
O carnaval é comemorado em muitas localidades do arquipélago, mas a festas principais ocorrem em Valletta e Gozo. Em Valleta, há carnaval de rua, concursos entre blocos infantis e carros alegóricos. Os concursos ocorrem na St. George’s Square e os ingressos custam 10 euros. Em Gozo, as festividades principais ocorrem em Victoria e também incluem paradas, concursos e carros alegóricos.
Comer e Beber
Pastizzi
É o salgado muito popular nas ilhas. Considerado como uma das refeições ligeiras preferidas dos malteses. É um salgado folhado de ricota ou ervilha muito gostoso, embora meio gorduroso. Deve ser consumido quente. Pose ser encontrado em quiosques nas ruas das principais cidades ao preço de 0,50 euro ou nas confeitarias, a 0,60. Recomendo.
Coelho
A carne de gado é muito cara. Um filé de tamanho médio com salada, por exemplo, sai por volta de 20 euros. A carne típica maltesa é o Fenek (coelho) que pode ser assado, na forma de guisado, frito ou com molho. A preparação é demorada. Cozinham-no por várias horas em fogo baixo para que a carne solte do osso. Na Idade Média era relativamente barato e bastante abatidos até que a caça foi proibida no final do século XVIII.
Pão
O pão maltês é famoso. Costuma ser servido quente nos restaurantes, sendo delicioso dessa maneira. Quando frio fica duro e massudo.
Cerveja
Cisk Lager é a cerveja típica maltesa servida em todos os bares e restaurantes. Custa em média 2 euros.
Vinho
O vinho é um produto barato no arquipélago. Uma garrada pode ser encontrada por cerca de 3 euros em supermercados e por volta de 5 euros em restaurantes.
Em Malta, a produção ocorre desde a época romana, mas somente a partir da década de 70 as vinícolas iniciaram a plantação de castas internacionais e a qualidade avançou bastante. Alguns vinhos locais já obtiveram prêmios importantes.
Café Cordina
O Café Cordina é um dos mais antigos de Malta. Muito bem localizado, na principal rua de Valletta, é uma oportunidade de se ver o movimento da capital enquanto se descansa das caminhadas. O ambiente é agradável e bonito e o pastizzi , maravilhoso. Custa apenas 6 euros.

Na Army & Navy, um dos muitos restaurantes da orla de Sliema, o ambiente é agradável e a comida gostosa e os preços razoáveis. Um penne à napolitana custa 7 euros, um sanduíche com salada, 5,90 euros e uma água mineral, 1,5 euro. A pizza sai por pouco mais de 8 euros.
Intercâmbio
IELS Malta
Malta conta com um grande número de escolas de idiomas e a IELS Malta é uma delas. Com mais de 30 anos de experiência na combinação do estudo de idiomas com viagens ao estrangeiro, a escola oferece uma didática que alia conversação a atividades de lazer. No primeiro dia, o estudante realiza um teste de nivelamento que determina a turma na qual irá ingressar. As aulas, que vão das 9h às 12h30, são dinâmicas e divertidas. Tem-se a oportunidade de trocar experiências com colegas dos mais distantes países; tudo em inglês. A escola tem wifi gratuita. Ao lado fica o Rocca Nettuno Hotel, com um restaurante a preços acessíveis, onde os alunos costumam almoçar.
A escola também oferece excursões para os principais pontos turísticos do arquipélago de Malta e também para a Sicília. Os preços de algumas são:
Valletta Tour: 15 euros
Mdina Tour: 15 euros
Malta Tour: 15 euros
Sicília: 150 euros

O intercâmbio é uma oportunidade de se conhecer pessoas dos mais diferentes locais, é o caso dos colegas de classe Anna Rizzo (Itália), Cristina Viñas Gomes (Brasil/RS), Gerald Adão (Brasil/SP) e Maria Zhuravleva (Rússia).

A outra amiga de Gerald era a japonesa Naoko, de Osaka. Ela lhe ensinou a usar os hashis, os pauzinhos que os japoneses utilizam para comer e ganhou uma bandeira do Brasil para levar para o seu país.
Acomodação
O estudante pode optar entre ficar no Day’s Inn student Residence, o hotel da IELS Malta ou em residências de famílias. Situado bem no centro de Sliema, o Day’s Inn conta com apartamentos com e sem cozinha. Para quem vai realizar um intercâmbio de vários meses, é mais interessante optar pelo que possui cozinha. Já os estudantes de intercâmbios mais curtos, de até um mês, podem aquecer seus alimentos na cozinha comum. Terão menos privacidade mas em compensação pagarão uma diária menor e interagirão com pessoas das mais diferentes nacionalidades.
Quem optar por casa de família terá uma excelente possibilidade de integração com a cultura local e prática do inglês.
Na chegada, o estudante em home stay recebe um cartão com todos os dados da família para um caso de emergência, assim como uma cópia da chave da casa. Por norma da escola, nunca pode haver pessoas de igual nacionalidade em uma mesma casa. Se dois intercambistas tiverem a sorte de estudar na mesma sala será melhor para realização de trabalhos solicitados pelo professor porque tem homework quase todos os dias.

O paulista Gerald (centro) preferiu ficar em casa de família, onde tinha roupa lavada e as três refeições diárias. Adorou a acolhida de Anna Borg e de seu filho Clint (na foto). Na residência, também havia o marido, Iam Borg e o outro filho do casal: Neil.
Day’s Inn student Residence
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